Qual é a importância do Conselho e dos Conselheiros para a companhia?

Qual é a importância do Conselho e dos Conselheiros para a companhia?

*Por Leo Horta, sócio fundador da Maitreya consultoria

O papel de um Conselho em uma empresa é fundamental para garantir que as decisões de alto impacto sejam tomadas com eficácia e assertividade. Cada membro do Conselho desempenha um papel crucial ao assegurar que as mudanças necessárias sejam implementadas em tempo e de forma eficiente.

As decisões significativas, que moldam o curso de uma empresa, geralmente recaem sobre os CEOs. No entanto, o Conselho compartilha a responsabilidade ao assumir um papel ativo na direção e aceleração das mudanças necessárias. Ao liderar este processo, o Conselho enfrenta o desafio de equilibrar a estabilidade do negócio com a necessidade de adaptação às transformações e ao crescimento do mercado.

O papel dos Conselheiros em uma companhia é fundamental para garantir uma visão estratégica de longo prazo e para fornecer orientação aos líderes executivos. Contrariamente ao que às vezes intuitivamente se pensa, os Conselheiros estão ali simplesmente para além de dar opiniões e falar sobre suas experiências. Sua função envolve responsabilidades importantes para o direcionamento e sucesso da empresa.

A capacidade de agir prontamente e assumir riscos calculados é fundamental para o sucesso do Conselho e, por extensão, da empresa. É importante que os Conselheiros estejam dispostos a enfrentar desafios e tomar medidas decisivas para garantir que a empresa permaneça competitiva e adaptada às demandas do mercado.

Além disso, também é importante as contribuições que os conselheiros trazem sobre as tendências e mudanças no setor em que a empresa opera, para que possam oferecer insights valiosos e orientação estratégica. Essa visão estratégica é essencial para ajudar a empresa a navegar por períodos de transição e incerteza.

Em resumo, o papel do Conselho é fundamental para garantir que a empresa possa enfrentar os desafios do ambiente de negócios atual e futuro. Ao assumir uma postura ativa na direção e aceleração das mudanças necessárias, o Conselho garante o sucesso e a sustentabilidade da empresa a longo prazo.

A consultoria empresarial pode ser um aliado essencial para os conselheiros, proporcionando uma compreensão profunda dos desafios enfrentados pela empresa. A Maitreya, por exemplo, atua de perto com os conselheiros para identificar de forma precisa áreas de preocupação e oportunidades de crescimento. Ao estabelecer objetivos a curto, médio e longo prazo, fortalece a tomada de decisões estratégicas, aumentando a confiança do Conselho. Este processo transforma essas reuniões em momentos significativos para avaliação, análise e estruturação de estratégias e macro planos, quando necessário. Além disso, a Maitreya ajuda a empresa a usar os aprendizados do passado, assegurando que suas estratégias estejam alinhadas com sua identidade corporativa. Tudo isso, aumenta a confiança na tomada de decisões e fortalece a assertividade na implantação de estratégias, garantindo que a empresa avance com determinação e eficácia em direção aos seus objetivos e resultados de longo prazo.

Perenidade: a importância de gerar conexão com as futuras gerações de acionistas

Perenidade: a importância de gerar conexão com as futuras gerações de acionistas

*Por Leo Horta, sócio fundador da Maitreya consultoria


Garantir a perenidade de uma empresa é um desafio constante, especialmente quando se trata de empresas familiares. Segundo o índice Global de Empresas Familiares (2021), da Pwc, apenas 36% das companhias familiares chegam à segunda geração. Esse número reduz para 19% na terceira geração e 7% na quarta.

A verdade é que a maioria das companhias pensam na sucessão empresarial de forma equivocada, resultando em consequências significativas para as empresas e suas trajetórias futuras. Ao adotar abordagens que se concentram apenas na transferência de posições e poder, as organizações correm o risco de minar a própria herança que as tornou únicas e bem-sucedidas ao longo do tempo, em outras palavras, minar o seu próprio DNA que as levaram ao sucesso até ali.

Por outro lado, há também uma certa resistência em incluir o sucessor na empresa por traumas ou crenças que foram criadas pelos erros de outras gerações no passado. As adversidades enfrentadas com gerações anteriores, que podem ter levado a empresa a concluir que tal tipo de envolvimento é ineficaz, não devem ser automaticamente tomadas como regra. Se continuarmos dessa forma, vamos afastar as gerações e perder o que gerou o diferencial e a representação do negócio.

É necessária uma real mudança na maneira como isso é realizado. O aprendizado reside em encontrar novas formas de envolvimento e conexão, a fim de romper com as decisões equivocadas do passado e construir uma base sólida para o sucesso futuro da empresa.

Nesse contexto, um dos aspectos mais importantes está no direcionamento e na preparação dos sucessores para assumir a liderança e perpetuar o legado, valor e a cultura da companhia. Para alcançar esse objetivo, ressalto que é fundamental estabelecer uma real conexão entre as futuras gerações e o negócio desde cedo.

Ao contrário do que muitas empresas fazem, quanto antes o sucessor for inserido nas atividades, melhor será. A participação dos filhos na empresa é uma maneira valiosa de cultivar o conhecimento e o respeito pela companhia. Incluir os herdeiros em atividades relacionadas ao negócio, desde a infância, os familiariza com a cultura organizacional e principalmente com os valores. Esse envolvimento precoce permite que eles desenvolvam uma compreensão genuína do propósito, missão e DNA da empresa.

Segundo o estudo da Pwc, as gerações mais jovens são fortemente motivadas por significado e propósito em relação à carreira e, muitas vezes, se esforçam para encontrar essas qualidades nos negócios da família, o que que faz total sentido. A definição clara dos valores da empresa, desempenha um papel crucial na superação da lacuna geracional, fornecendo aos jovens sucessores o sentido de propósito que tanto esperam.

No entanto, é importante ressaltar que esse envolvimento não deve ser imposto ou coercitivo. As futuras gerações devem ter a liberdade de escolha em seguir ou não os passos da família nos negócios. A decisão de ingressar na empresa deve ser baseada em interesse genuíno e aptidão, não em pressões externas. Volto a dizer que a sucessão de uma empresa não se trata apenas de transferência de poder, mas de uma jornada de aprendizado, respeito pela trajetória até ali e crescimento mútuo. A preparação das futuras gerações é um processo contínuo e requer dedicação e investimento a longo prazo.

Todo esse processo ainda precisa ser, genuinamente, conduzido e direcionado por especialistas com base nas características e aptidões individuas dos sucessores, bem como, nas necessidades da empresa.

Proporcionar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, supervisionar e orientar a trajetória e promover experiências enriquecedoras são pilares fundamentais para assegurar que a empresa familiar prospere ao longo das gerações, mantendo-se relevante e competitiva no mercado em constante mudança.

Governança: entenda como essa prática é fundamental para o sucesso dos negócios

Governança: entenda como essa prática é fundamental para o sucesso dos negócios

*Por Leonardo Horta, sócio fundador da Maitreya

O tema governança sempre foi importante para qualquer empresa, mas está muito mais em evidência em função de acontecimentos de grande repercussão no mundo dos negócios, especialmente em decorrência do caso da Americanas, que trouxe à tona os prejuízos por não colocar esse processo realmente em prática.

Desenvolver, aplicar e gerenciar as normas e práticas de governança da empresa com o objetivo de trazer simplicidade, clareza e eficiência no dia a dia em todos os setores é essencial para sua perenidade. Hoje, gestores, sócios e empresários vêm olhando para essa prática com bastante atenção, pois têm notado que ela pode garantir boa gestão, transparência, eficiência e assertividade nas estratégias da empresa.

Importante destacar que, assim como em um jogo, a governança define as regras e práticas que guiam o comportamento e as decisões dos participantes. Já os processos de execução de uma boa governança nos negócios devem cumprir princípios que precisam ser seguidos de forma objetiva, transparente e ética, para manter a reputação e atuação da organização.

Em linhas gerais, para implementar uma boa governança, é necessário entender seu objetivo e necessidade de atuação, e posteriormente, adotar ações práticas como a definição de papéis e responsabilidades de cada gestor, códigos de conduta, criação de um conselho administrativo ou consultivo, assim como implantar gestão de riscos e controles internos entre outras iniciativas

A governança corporativa também é muito importante na condução de mudanças relevantes no negócio. Após um profundo diagnostico estratégico-operacional aprovado pelas instâncias necessárias e utilizando as práticas de governança existentes, o plano é colocado em prática de forma eficiente.

Com as mudanças sendo conduzidas adequadamente, a gestão de risco desse processo também é muito mais assertiva e eficaz. Direcionando assim, que as ações e melhorias necessárias e muitas vezes estruturais aconteçam de forma mais serena e transparente para as pessoas e organização. Gerando resultados mais rápidos e com menos turbulência, em um processo cada dia mais essencial para o crescimento das empresas no mundo moderno.

É fundamental levar em consideração que uma boa governança corporativa vai muito além de cumprir requisitos regulatórios e legais. Ela traz benefícios significativos, como aumento da confiança dos investidores, acesso a capital, melhoria da reputação, melhores tomadas de decisões e aumento da sustentabilidade do negócio a longo prazo. Portanto, as empresas podem enxergar a governança corporativa como uma oportunidade estratégica, em vez de uma obrigação.