5 perspectivas que podem atrapalhar a saúde dos negócios
Leonardo Horta, sócio-fundador da Maitreya aponta dificuldades que podem prejudicar a gestão de uma empresa, incluindo incertezas sobre o futuro, mudanças de mercado e sucessão empresarial
Apesar de os indicadores serem as principais formas de saber se os negócios estão indo bem e quais devem ser suas perspectivas futuras, muitas empresas ainda têm dificuldades em identificá-las. Como consequência, muitas delas carecem de um mapeamento correto de indicativos e, dentro de um contexto mais amplo, acabam reduzindo suas perspectivas de futuro no mercado em que atuam.
Para mostrar como mensurar corretamente as informações e dados que podem ajudar uma organização crescer, melhorar o seu gerenciamento e se adaptar as mudanças na economia, Leonardo Horta, sócio-fundador da Maitreya, consultoria em gestão empresarial focada na transformação dos negócios, apresenta cinco perspectivas chaves para uma empresa. Confira:
1. Mudanças de mercado
Dificuldade de entender e aproveitar as mudanças do mercado de forma eficiente, rápida e rentável. Todos os anos, empresas nascem, crescem e acabam sumindo por conta da falta de inovação e planejamento. “Não é difícil destacar companhias que eram gigantes e até mesmo pioneiras no seu setor e que com o passar dos anos não conseguiram inovar no momento certo e acabaram em declínio. Vale destacar que inovar não significa apenas criar algo novo constantemente, mas também de se desenvolver estrategicamente. Inovar é encontrar soluções para um determinado problema”, destaca Horta.
2. Ineficiência crônica
Empresas que convivem com uma ineficiência crônica no seu dia a dia podem até se esforçar, mas não avançam e não crescem o esperado. “A empresa precisa ter autonomia e propriedade. Diante disso, ela consegue conquistar transparência na relação entre gestores e conselho para trazer o diagnóstico e soluções de problemas crônicos da empresa”, explica o sócio-fundador da Maitreya.
3. Sucessão empresarial e clareza no DNA
Muitas empresas passam e/ou tem grande dificuldade de realizar a sucessão empresarial em diversos níveis da companhia, comprometendo novamente a capacidade futura de geração de valor da empresa, acarretando na perda constante de talentos.
Para Horta, é primordial que as empresas entendam o contexto histórico em que estão inseridas, avaliem o presente e, com isso, planejem um futuro considerando todas essas informações. “As companhias que atuam num mesmo segmento têm foco e propostas parecidas, mas nunca iguais. O entendimento do DNA de uma organização traduz em uma proposta de valor para ações concretas e reconhecidas. É necessário entender os pontos que trouxeram a empresa até ali, e analisar as possibilidades e mudanças que o mercado está passando, para que dessa forma, seja possível potencializar os negócios”, analisa.
4. Falta de visão de futuro
Dúvidas constantes sobre o futuro assombram os líderes, gerando um receio e autoquestionamentos contínuos da percepção de ameaças relevantes para o médio prazo. As empresas precisam sempre almejar a transformação, indo adiante da simples busca por eficiência e resultados de curto prazo. Isso é feito a partir de um constante diagnóstico realizado em parceria com todos os setores da companhia.
Toda empresa que não tem uma visão de futuro, por conta das demandas do dia a dia, também tem as suas dificuldades de gestão como: várias versões internas que dificultam o alinhamento de uma estratégia de esforço, identificação de prioridades, inovações e investimentos em prol de um futuro concreto alinhado, entre outros pontos.
“É sempre importante atuar no presente, mas também procurar conectar claramente a prioridade e foco da companhia no futuro. Essa análise permite não só o resultado financeiro, como também é o principal determinante do sucesso de um negócio, sendo eles, o engajamento dos times, agilidade, assertividade, facilidade de inovações, ações comerciais, parcerias reais com clientes e fornecedores”, aponta Leonardo.
5. Expectativas dos acionistas e times
Desalinhamento entre expectativas, diferentes percepções dos acionistas e ações de gestão não integradas podem comprometer um negócio. Para o fundador da Maitreya, uma empresa precisa ter um propósito sólido para ter equipes engajadas, um plano estruturado e sua gestão tática implantada e em execução de forma eficiente. Tudo isso fomenta não só o crescimento da empresa, mas a realização dos acionistas, executivos e times.